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Rio de Janeiro,19/04/2025

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Manutenção Preditiva Revoluciona a Segurança em Reatores Nucleares no Mundo

Engenheiro com experiência em automação e operação de sistemas nucleares comenta como tecnologias de controle estão prevenindo falhas e otimizando processos críticos.

Mercurios
Manutenção Preditiva Revoluciona a Segurança em Reatores Nucleares no Mundo Reprodução

A operação de reatores nucleares ao redor do mundo está passando por uma transformação silenciosa, porém decisiva: a incorporação da manutenção preditiva como eixo central para garantir a segurança e a eficiência desses sistemas altamente sensíveis. Se antes os protocolos de segurança baseavam-se quase exclusivamente em inspeções programadas e ações corretivas, hoje o setor caminha para um modelo orientado por dados em tempo real, sensores inteligentes e inteligência artificial.


Especialistas da área de automação nuclear apontam que, nos últimos cinco anos, houve um salto expressivo na adoção de tecnologias capazes de antecipar falhas em componentes críticos, como bombas, válvulas e sistemas de resfriamento. Isso tem evitado shutdowns não programados e ampliado a vida útil de equipamentos essenciais.


“Estamos presenciando uma evolução no conceito de confiabilidade. A manutenção preditiva permite que decisões sejam tomadas com base em comportamentos reais dos sistemas, não apenas em ciclos de tempo ou histórico de falhas”, afirma Alessandher B. Borges Amorim, engenheiro de controle e automação com atuação em projetos nacionais e internacionais de automação em instalações nucleares.



Alessandher B. Borges Amorim, engenheiro de controle e automação


Reatores de pesquisa e geração comercial nos Estados Unidos, França, Japão e Coreia do Sul já operam com plataformas preditivas integradas a sistemas SCADA, que utilizam algoritmos para identificar padrões anormais e iniciar protocolos automáticos de contingência — tudo isso com mínima intervenção humana.


De acordo com relatório da World Nuclear Association, essas soluções têm reduzido em até 40% os custos com manutenção corretiva e diminuído em até 60% os incidentes operacionais causados por falhas inesperadas. Países com políticas agressivas de digitalização da infraestrutura energética, como Canadá e Alemanha, estão colhendo os frutos dessa transformação.


A tendência, segundo especialistas, é que essa prática se torne padrão global até 2030, impulsionada não apenas pela necessidade de segurança, mas também por pressões econômicas e ambientais. Em tempos de transição energética, os reatores nucleares assumem papel estratégico como fontes de energia limpa e confiável — e para isso, a manutenção preditiva será um dos pilares técnicos que sustentam essa confiabilidade.


Enquanto isso, profissionais que atuam na interface entre engenharia de controle, automação e sistemas nucleares se posicionam como protagonistas nessa nova era da engenharia nuclear. São eles que estarão à frente do desenho, integração e validação de sistemas cada vez mais autônomos, inteligentes e seguros.




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